O sistema trará um incremento na segurança e eficiência
da navegação, segurança da vida no mar e proteção do meio ambiente nos portos
do RS
A Portos RS, empresa
pública responsável por organizar, gerenciar e fiscalizar todo o sistema
hidroportuário do estado do Rio Grande do Sul - portos públicos de Rio Grande,
Pelotas e Porto Alegre - apresentou oficialmente, em um ato especial realizado
em seu estande na Intermodal South América - O maior e mais completo evento
para o setor de transporte de carga, logística, intralogística &
armazenagem e comércio exterior, o seu sistema de controle de tráfego de
embarcações.
Desenvolvido
pela empresa Technomar Engenharia, o processo de implantação é formado por
etapas. Atualmente, encontra-se na fase de Local Port Service (LPS) para,
posteriormente, adquirir a homologação de Vessel Traffic Service, conhecido
popularmente pela sigla VTS.
Por meio desse
sistema, denominado Technomar Traffic Service, haverá um efetivo incremento na
segurança e eficiência da navegação, segurança da vida no mar e proteção do
meio ambiente no porto, além de contribuir com a inteligência portuária e
digitalização (VTMIS). O sistema foi desenvolvido com as mais recentes
tecnologias de mercado para compilação e tratamento de dados de navegação
marítima.
Desde a
assinatura do contrato para a implementação do serviço, durante a primeira
edição do Fórum de Desenvolvimento da Economia Azul, no ano passado, a Portos
RS e o Arranjo Produtivo Local (APL) Marítimo trabalharam de forma conjunta com
a empresa especializada para colocar a tecnologia em funcionamento.
A Technomar
Engenharia é a responsável pelo software. Por meio dele, é possível
disponibilizar modernos dashboards com os principais indicadores da operação portuária
e gerar estatísticas de não conformidade de navegação, indicadores de
eficiência operacional e recursos de playback de manobras para estudos de
incidentes e treinamentos.
O presidente da
Portos RS, Cristiano Klinger, destacou a importância de trazer a tecnologia em
favor dos processos de tomada decisão. “Para a Portos RS, como autoridade
portuária, é fundamental ter informação e conhecimento para buscar as melhores
resoluções. E essa relação construída junto com o APL de implementação do VTS,
além de trazer a tecnologia no dia a dia portuário, potencializa os processos
de inovação dentro dos portos gaúchos”, afirmou.
O diretor de
monitoramento portuário da Technomar, Felipe Rateiro, comentou sobre as
potencialidades do software. “O Technomar Traffic Service pode ser utilizado
também pensando em funcionalidades comerciais. Por exemplo, com a visualização
do market share dos usuários do porto e a geração de dados em tempo real e de
maneira automatizada para cobrança de tarifas portuárias. São diferenciais que
podem alavancar os negócios da empresa”, afirmou.
Algumas
funcionalidades do sistema já podem ser consultadas por operadores portuários e
pela comunidade em geral diretamente no site da Portos RS. O botão de acesso,
denominado Portos RS VTS, está disponível no rodapé da página, junto aos links
de acesso aos serviços de suporte, como Porto Sem Papel (PSP), Processos
Administrativos (Proa) e Acesso à Informação.
A nossa missão é manter informado àqueles que nos acompanham, de todos os fatos, que de alguma forma, estejam relacionados com a Segurança Portuária em todo o seu contexto. A matéria veiculada apresenta cunho jornalístico e informativo, inexistindo qualquer crítica política ou juízo de valor.
* Texto: O texto deste artigo relata acontecimentos, baseado em fatos obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis e dados observados ou verificados diretamente junto a colaboradores.
* Direitos Autorais: Os artigos e notícias, originais deste Portal, tem a reprodução autorizada pelo autor, desde que, seja mencionada a fonte e adicionado o link do artigo.
Réus estavam presos desde abril do ano passado; Ministério
Público recorreu da sentença
Segundo o site A Tribuna, quatro homens que foram presos pelo tráfico de 324,7 kg de cocaína em
Santos agora respondem em liberdade. Os réus estavam presos desde abril do ano
passado, quando a Polícia Civil abordou um caminhão do modelo Scania transportando
a droga em dez bolsas. O Ministério Público (MP) recorreu ao Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJ-SP).
O juiz Bruno
Nascimento Troccoli, da 1ª Vara Criminal de Santos, tinha aplicado a pena mínima
de cinco anos para Wagner Gonçalves, Gilson Siqueira e Weider Ferreira. O
quarto envolvido, Émerson Rostal, recebeu mais dez meses na sentença de regime
fechado, pois foi reconhecida a agravante da reincidência.
O trio iniciou o
cumprimento das penas em regime semiaberto, mas o magistrado revogou a prisão
preventiva em 28 de fevereiro deste ano, "em razão de a custódia cautelar
ser mais severa do que a própria sanção". O juiz também determinou a
soltura de Émerson, o quarto envolvido, apesar do regime fechado imposto, para
que recorra em liberdade.
Segundo o jornalista Eduardo Velozo Fuccia, no site Conjur, Trocolli justificou a pertinência de o
condenado com a maior pena ser também solto em razão de a sua reincidência não
ser específica, ou seja, por outro crime de tráfico de drogas. Aos quatro réus
foram impostas as medidas cautelares de comparecer bimestralmente em juízo, não
se ausentar de casa por mais de oito dias sem autorização e manter endereço
atualizado.
Contra-ataque
O Ministério
Público entrou com um recurso de apelação para aumentar a sentença dos quatro réus
e garantir o regime fechado.
O jornalista Eduardo
Velozo Fuccia, no site Conjur, Trocolli informou que a sentença foi prolatada
no dia 28 de fevereiro. O Ministério Público interpôs recurso de apelação
pleiteando a elevação das sanções dos quatro réus, bem como a fixação do regime
fechado para todos eles. A pena máxima do tráfico de drogas é de 15 anos de
reclusão.
Segundo o
promotor André Luiz dos Santos, é necessário maior rigor na fixação das
reprimendas, “em razão da gravidade em concreto do presente caso, que muito se
destaca da normalidade”. Ele acrescentou que o grupo transportava “elevadíssima
quantidade de drogas de grande potencial lesivo e nocividade social acima da
média”.
De acordo com os
acusados, eles imaginavam que havia “roupas” nas bolsas. Esse suposto conteúdo
teria sido informado pelo homem que os contratou para transportá-las. Os réus
também negaram a intenção de fugir, argumentando que ficaram com medo de os
policiais serem assaltantes. Os investigadores usavam uma viatura
descaracterizada.
O juiz afastou a
tese da defesa e anotou na sentença que, diante do conjunto probatório, “todos
os envolvidos sabiam o que estavam fazendo ou, na ‘melhor’ de todas as
hipóteses, diante de tantas ‘anormalidades’, tinham totais condições de saber”.
Em sua decisão, ele decretou a perdimento do caminhão em favor da União, nos
termos da Lei de Drogas.
De acordo com a
Polícia Civil, investigações prévias indicaram uma movimentação de traficantes
em um terreno próximo ao Conjunto dos Estivadores, na Vila São Jorge, em
Santos.
Agentes
disfarçados passaram a vigiar o local, até a chegada de três carros. O caminhão
já estava na área, onde todos os ocupantes dos veículos desceram e trocaram
bolsas, e em seguida, deixaram o local.
Os
investigadores interceptaram o caminhão, que não obedeceu e acelerou, sendo
cercado apenas na Avenida Augusto Barata, na Alemoa. Durante a fuga, Weider
pulou do veículo em movimento e tentou correr, mas foi baleado no pé por um
policial. Os quatro homens presentes no veículo receberam voz de prisão.
Posteriormente, a cocaína foi encontrada na cabine.
No momento, os
acusados alegaram imaginar que as bolsas continham roupas e que foram contratados
apenas para transportá-las. Eles também negaram a intenção de fugir, argumentando
que teriam ficado com medo da viatura policial disfarçada pertencer a assaltantes.
Na época, o juiz
afastou a tese da defesa e anotou na sentença que, "diante do conjunto probatório,
todos os envolvidos sabiam o que estavam fazendo ou, na ‘melhor’ de todas as hipóteses,
diante de tantas ‘anormalidades’, tinham totais condições de saber”.
Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) desmobilizou
agentes que atuariam no Porto de Santos, usado para tráfico internacional de
drogas
A Agência Brasileira
de Inteligência (ABIN) recuou do plano de ter atuação mais presente no Porto de
Santos, no litoral de São Paulo, após uma missão feita no local mapear as ações
de facções criminosas. O órgão decidiu manter seus agentes fora de operações no
complexo portuário, considerado o principal escoadouro do tráfico internacional
de drogas liderado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), apesar da relevância
do porto para a soberania do país.
A ABIN é um
órgão vinculado ao Ministério da Casa Civil que tem como função subsidiar o
presidente da República e seus ministros com informações e análises
estratégicas relativas aos interesses e à segurança do Estado e da sociedade.
Nesse aspecto, o Porto de Santos tem ganhado cada vez mais importância diante
do aumento de casos envolvendo apreensões de drogas e armas.
Mas fontes de
órgãos de investigação que compartilham informações com agentes da ABIN no dia
a dia relatam ao site Metrópoles que a presença da inteligência no Porto de
Santos foi reduzida desde o ano passado — agentes da ABIN usualmente mantém contato
com órgãos como a Polícia Civil (PC), a Polícia Federal (PF) e a Receita
Federal do Brasil (RFB). Em novembro, o porto foi incluído na operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva por seis meses, para ajudar a combater facções.
O site Metrópoles
apurou que durante missão realizada em 2023 a ABIN colheu e compartilhou com
outros órgãos de investigação relatos de crimes envolvendo tráfico de drogas e
corrupção no porto. A agência chegou a debater uma presença maior no local,
ampliando as ações presenciais, mas o governo encerrou as tratativas, e os
agentes passaram a ser desmobilizados. O movimento foi notado por integrantes
de instituições que atuam no porto.
Questionada pelo
site Metrópoles sobre o recuo da ação no Porto de Santos, a ABIN afirmou apenas
que “a Superintendência Estadual São Paulo é a unidade da ABIN responsável pela
assessoria de inteligência no âmbito estadual, inclusive quanto ao Porto de
Santos, que continua sendo escopo de atuação”.
Maior porto da
América Latina, Santos é considerado uma das mais estratégicas áreas para a
presença de agentes de inteligência em razão dos altos índices de criminalidade
organizada e do impacto socioeconômico de eventuais mudanças do Porto para o
país, como grandes concessões e até mesmo privatização.
No ano passado,
a PF incinerou 2,4 toneladas de drogas em Santos – a maior parte da carga foi
apreendida no porto. Como mostrou o site Metrópoles, o Ministério Público de
São Paulo (MPSP) estima que o faturamento do PCC e de seus parceiros na região
foi de R$ 10 bilhões.
Também foi
recheado de casos de corrupção. Em um passado recente, operações da PF
resultaram no indiciamento de políticos e supostos operadores de propina
ligados aos partidos MDB e Republicanos. As investigações acabaram sendo
anuladas ou arquivadas de outras formas na Justiça, nos últimos anos.
Na região do
Porto, a inteligência tem sido vista como uma das armas do governo para o
enfrentamento do crime organizado, e mesmo para manter o Planalto informado
sobre questões sensíveis, como impactos ambientais e econômicos de eventuais
mudanças e concessões.
A atuação da
inteligência na área do crime organizado foi discutida inclusive com
empresários da região do Porto de Santos em um evento da ABIN, no ano passado.
A iniciativa foi promovida justamente na sede da Praticagem, em Santos.
Práticos são os profissionais destacados para manobrar navios nos portos.
No evento, foi
relatado como agentes produzem relatórios sobre temas relacionados à
infraestrutura do Porto, como o impacto de concessões e outras grandes mudanças
relativas a privatizações e PPPs do governo. E também como a inteligência deve
ser um dispositivo importante para combate às facções. Participaram do encontro,
representantes de empresas e até da Polícia Federal e da Receita Federal.
A União dos
Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN, a INTELIS, tem feito
reiteradas reclamações em notas públicas sobre defasagem salarial e vacância de
cargos. Em uma mais recente, a entidade afirmou que 80% dos cargos estão vagos
e há “acentuada evasão” da ABIN.
Fonte:
Metrópolis / Luiz Vassallo Fabio Leite
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A investigação ocorreu após a apreensão de cerca de 1.100
kg de cocaína em um contêiner que tinha como destino o Porto de Antuérpia, na
Bélgica
A Polícia Federal
(PF) cumpriu na manhã da última quinta-feira (07) um mandado de busca e
apreensão, em São Vicente, na Baixada Santista, expedido pela Justiça Federal
de Santos.
O objetivo foi aprofundar
investigações referentes ao tráfico internacional de drogas no Porto de Santos
Foram
apreendidos vários itens que serão periciados e analisados pela equipe de
investigação, a fim de subsidiar a comprovação da materialidade e autoria do
referido crime.
A apreensão do
entorpecente que deu origem à investigação ocorreu no dia 17 de maio de 2023,
quando cerca de 1.100 kg de cocaína foi localizada escondida em um
carregamento de 24 toneladas de lâminas de aço, dentro de um contêiner
que tinha como destino o Porto de Antuérpia, na Bélgica
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O chefe da ORCRIM havia sido
preso anteriormente por tráfico internacional de drogas
Na última quarta-feira
(6), uma força-tarefa integrada por aproximadamente 130 agentes da Polícia
federal (PF) e 20 auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal do
Brasil (RFB) realizaram uma operação para o cumprimento de 33 mandados de busca
e apreensão e dois de prisão temporária.
Entre as cidades
alvo da operação no Paraná estão Curitiba, Tijucas do Sul, Santo Antônio do
Sudoeste, Londrina, Loanda, Piraquara, Pontal do Paraná, Campina Grande do Sul,
Matinhos, Pinhais e Fazenda Rio Grande.
Em Santa
Catarina as ações contaram com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina
(PMSC) e aconteceram em Camboriú, Balneário Camboriú, Itajaí, Barra Velha, Dionísio
Cerqueira e Itapoá.
No Ceará, o mandado
executado foi de busca e apreensão, cumprido no município
de Barroquinha, no litoral Oeste, a 388 km de Fortaleza, quase divisa com o
Piauí. A vistoria teria sido numa empresa de construção civil.
Foco da operação
O foco da
operação foi a lavagem de dinheiro e o tráfico de drogas. De acordo com a PF, o
chefe da organização criminosa (ORCRIM) utilizava de pessoas e empresas
"laranjas" para lavagem de dinheiro e bens.
De acordo com a
PF, o grupo criminoso utilizava diversas estratégias para dissimular a origem
do dinheiro, como negócios com imóveis, veículos, transportes e na área de
óleos e lubrificantes.
Segundo a PF a Orcrim tinha negócios na área de oleos e lubificantes - Foto: Divulgação PF
Tráfico Internacional de Drogas
Durante os
trabalhos foram identificadas ao menos duas remessas de cocaína vinculadas ao
grupo criminoso, sendo uma delas uma apreensão de 704 kg de cocaína ocultos em
uma lixeira de metal que seria transportada para o Nordeste do Brasil,
provavelmente para embarque com destino ao exterior. A outra se refere a uma
apreensão de aproximadamente 945 kg de cocaína no rebocador Áquila que tinha saído do Porto de São
Francisco do Sul, em Santa Catarina, com destino ao continente africano da região de
Santa Catarina, abordado a 407 km da costa brasileira.
Segundo a PF o
chefe da ORCRIM havia sido preso anteriormente por tráfico internacional de
drogas e usava documentos falsos para não chamar a atenção das autoridades.
Na operação dois
homens foram presos. Um deles na região de Curitiba, no Paraná, é um empresário
do ramo de transportes, construção civil e de aluguel de máquinas pesadas. O
nome dele não foi oficialmente revelado.
Outro homem foi preso
em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Os dois são suspeitos de comandar um
grupo ligado ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Escritório de Contabilidade
A PF e RF
realizaram buscas também em um escritório de contabilidade em Curitiba, onde o
proprietário é suspeito de criar empresas em nome de laranjas e de auxiliar a
organização na lavagem de dinheiro.
Apreensões
As ordens judiciais
expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba autorizaram o sequestro de dezenas
de imóveis, contas bancárias e de veículos com suspeita de ligação com a
organização criminosa.
Durante a
operação em imóveis de luxo, foram encontrados diversos veículos importados,
maquinário agrícola, jet-skis e outros artigos de alto valor agregados. Em
algumas bolsas encontradas dentro de carros importados foram achados mais de R$
100 mil em espécie.
Segundo a
Polícia Federal (PF) malotes de dinheiro foram localizados escondidos dentro de
uma parede falsa em uma casa, alvo da operação no bairro Barigui, em Curitiba.
Os policiais precisaram usar uma marreta para quebrar o local. A estimativa é que mais de US$ 3 milhões, aproximadamente 15 milhões de reais, estavam escondidos no local.
A estimativa é que foram apreendidos US$ 3 milhões - Foto: Divulgação PF
Investigação
A operação
denominada “Follow The Money” (Siga o Dinheiro) foi desencadeada em decorrência
de investigação que buscou seguir o fluxo do dinheiro ilícito e identificar o
patrimônio e os rendimentos oriundos da atividade criminosa de uma ORCRIM
liderada por empresário da região de Curitiba, do ramo de transportes,
construção e de aluguel de máquinas pesadas.
Investigação buscou seguir o fluxo do dinheiro - Foto: Divulgação PF
Com o apoio da
RFB foram feitas análises fiscais e complexas análises financeiras e
patrimoniais dos investigados que abrangeram quase 500 contas bancárias, que
movimentaram mais de R$ 2 bilhões entre créditos e débitos nos últimos anos,
permitindo reforçar as conclusões do uso de múltiplas empresas para dispersar e
ocultar os ganhos ilícitos da organização criminosa.
As investigações
apontaram que o chefe do grupo adquiria imóveis para uso próprio em nome de uma
imobiliária e de uma empresa de participações, as quais foram responsáveis pela
aquisição de ao menos três imóveis de luxo em Curitiba que eram utilizados para
moradia.
Segundo a PF o dinheiro oriundo do tráfico era investido em imóveis de luxo - Foto: Divulgação PF
Para a lavagem
de dinheiro, o chefe do grupo utilizava-se de dezenas de pessoas e de empresas
laranjas. E com o intuito de ocultar ou dissimular a verdadeira propriedade dos
bens, adquiria veículos de luxo em nome de pessoas físicas sem capacidade
econômico-financeira (laranjas).
As empresas em
nome do chefe dessa organização apresentavam declarações de faturamento à
Receita Federal, mesmo sem prestar nenhum tipo de serviço ou sem qualquer registro
de venda de mercadorias.
Conforme a PF, em
uma de suas empresas, foram gastos mais de R$ 8 milhões na aquisição de
máquinas pesadas para locação e prestação de serviços, mas ao que tudo indica
nenhum serviço era prestado.
De acordo com a
PF, uma empresa ligada ao ramo de “atividades esportivas” e em nome de sua
companheira, era declarado valores, provavelmente falsos, relativos a
prestações de serviços apenas para justificar e dar aparência de licitude a
gastos e despesas pessoais do casal que de fato eram suportados com recursos
oriundos das atividades criminosas.
O sofisticado
esquema de lavagem envolvia compensações de boletos (cobrança bancária) que
eram pagos por empresas também ligadas à organização e suspeitas de serem
exclusivamente utilizadas para movimentação de recursos ilícitos.
Apenas nos
últimos dois anos e em relação a esse núcleo principal, foi apurada a
disponibilidade de aproximadamente R$ 18 milhões para gastos pessoais e para
aquisições de imóveis veículos e motos sem origem lícita conhecida.
Moto apreendida na operação - Foto: Divulgação PF
Segundo as
informações, será apurada ainda a origem lícita ou não dos recursos utilizados
para a compra de dezenas de caminhões em nome de empresas ligadas ao grupo
criminoso.
Vídeo: TV Cuiabá
A nossa missão é manter informado àqueles que nos acompanham, de todos os fatos, que de alguma forma, estejam relacionados com a Segurança Portuária em todo o seu contexto. A matéria veiculada apresenta cunho jornalístico e informativo, inexistindo qualquer crítica política ou juízo de valor.
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